Celebra-se o V Fórum Ibero-Americano e da Iberofonia: “Línguas que conectam. Dois idiomas, um mercado”

Celebra-se o V Fórum Ibero-Americano e da Iberofonia: “Línguas que conectam. Dois idiomas, um mercado”
Da esquerda à direita: Javier Íscar, vice-presidente de CIAM-CLAR; María Emilia de Almeida Sousa, conselheira econômica da Embaixada de Angola na Espanha; Marlon Brevé Reyes, embaixador da República de Honduras; Carmen Ealo de Sá, cônsul honorária do Brasil no norte da Espanha; e F. Álvaro Durántez Prados, diretor de Relações Institucionais da FUNIBER.

Nos dias 14 e 15 de outubro, em Oviedo, foram entregues os Prêmios Ibero-Americanos ASICOM-Universidad de Oviedo (Universidade de Oviedo). Durante a segunda jornada das premiações, realizou-se o encontro empresarial “Ibero-América e suas empresas no novo contexto internacional” e, na conjuntura desse evento, ocorreu o V Fórum Ibero-Americano e da Iberofonia, sob o título “Línguas que conectam. Dois idiomas, um mercado”, organizado conjuntamente pela Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER), a Asociación Iberoamericana de la Comunicación (Associação Ibero-Americana de Comunicação, ASICOM), a Fundación Gustavo Bueno (Fundação Gustavo Bueno) e a Academia de la Diplomacia (Academia de Diplomacia), da Espanha. Representando a FUNIBER, participou dos eventos Dr. Frigdiano Álvaro Durántez Prados, diretor de Relações Institucionais e da Cátedra FUNIBER de Estudos Ibero-Americanos e da Iberofonia. 

V Fórum Ibero-Americano e da Iberofonia

O fórum, celebrado no Club de Prensa de La Nueva España (Clube de Imprensa de La Nueva España), que publicou uma reportagem sobre a jornada, foi realizado sob o título “Línguas que conectam. Dois idiomas, um mercado”. O encontro reuniu diplomatas, acadêmicos e líderes empresariais de três continentes (Europa, América e África) e concentrou-se na dimensão estratégica do Espaço Pan-Ibérico ou da Iberofonia, analisando como a afinidade linguística entre o espanhol e o português atua como um ativo geopolítico e econômico fundamental para a cooperação internacional.

Durante sua intervenção, o representante da FUNIBER expôs ideias que envolvem o espanhol e o português como duas grandes línguas que compartilham uma afinidade única devido à sua natureza, de serem reciprocamente compreensíveis. Essa qualidade, que não se observa em outros grandes idiomas internacionais, representa uma vantagem estratégica única.

Essa particularidade permite a articulação do primeiro bloco geolinguístico do mundo, superando a projeção externa de outros idiomas, como o chinês mandarim. De igual modo, enfatizou que potencializar o uso do espanhol e do português permite maior visibilidade dos países que compõem o Espaço da Iberofonia, servindo como contrapeso aos parâmetros anglo-saxões que regem o mercado global atual. Nesse sentido, sustentou que contribuir para o fortalecimento desse espaço e de suas línguas tem a ver com a dignidade elementar das culturas e dos países.

Dr. F. Álvaro Durántez Prados, diretor de Relações Institucionais da FUNIBER, discursa durante o V Fórum Ibero-Americano e da Iberofonia, acompanhado à sua direita por Carmen Ealo de Sá, cônsul honorária do Brasil, e Marlon Brevé Reyes, embaixador de Honduras na Espanha.

O fórum também contou com a presença de Sr. Javier Íscar, vice-presidente do Centro Iberoamericano de Arbitraje (Centro Ibero-Americano de Arbitragem, CIAM-CLAR), que endossou a preocupação com o uso excessivo do inglês no âmbito empresarial, ao mesmo tempo em que destacou o papel dos dois idiomas na solução de problemas de arbitragem internacional. Nesse mesmo sentido, Sr. Marlon Brevé Reyes, embaixador da República de Honduras, destacou o papel fundamental do governo da Espanha para que o espanhol seja o idioma prevalente no multilateralismo. 

Também participaram Sra. María Emilia de Almeida Sousa, conselheira econômica da Embaixada de Angola na Espanha, que enfatizou como um entendimento linguístico compartilhado favorece e acelera as negociações; e a Sra. Carmen Ealo de Sá, Cônsul Honorária do Brasil no norte da Espanha, que destacou a posição do Brasil como o principal país lusófono na América e seu vínculo especial tanto com o mundo hispânico como com os países lusófonos da África.

A inclusão de delegados de nações lusófonas-chave, como Brasil e Angola, é um elemento fundamental. Esses países representam os dois estados com o maior número de falantes de português no mundo, e sua participação destaca o reconhecimento mútuo das raízes culturais e linguísticas, bem como o desejo intrínseco de participar de um espaço colaborativo que inclui países de língua espanhola e portuguesa de todos os continentes, um Espaço Pan-Ibérico ou da Iberofonia. 

Prêmios Ibero-Americanos ASICOM‑Universidad de Oviedo

Esses prêmios, organizados pela ASICOM e pela Universidad de Oviedo, distinguem anualmente personalidades e instituições que fizeram contribuições significativas para o desenvolvimento cultural, social e profissional do âmbito ibero-americano. Nesta edição, realizada no Paraninfo do Edifício Histórico, foram reconhecidos o compositor Manuel Alejandro, o jornalista Jesús Álvarez, a filósofa Adela Cortina, o empresário Francisco Mieres, a atriz Laura Ramos e o clube esportivo Real Oviedo. Essas distinções buscam destacar a trajetória e o impacto daqueles que, por meio de seu trabalho e dedicação, contribuem para o fortalecimento da identidade e das tradições ibero-americanas.

Por sua vez, com esta quinta edição do fórum, a FUNIBER reafirma seu compromisso com a promoção da cooperação internacional, o diálogo cultural e a projeção econômica da Ibero-América, mostrando como o espanhol e o português atuam como ferramentas estratégicas para conectar pessoas, mercados e oportunidades no novo contexto global.