A FUNIBER promove a divulgação de estudos que modernizam a saúde materno-infantil através da IoT

A FUNIBER promove a divulgação de estudos que modernizam a saúde materno-infantil através da IoT

O diretor do Centro Tecnológico da FUNIBER e pesquisador da Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO), Daniel Gavilanes Aray, participa do estudo sobre como o uso da IoT pode melhorar a assistência materna desde a gravidez até os cuidados neonatais.

A gravidez e o período perinatal representam momentos de vital importância para a saúde da mãe e do recém-nascido. No entanto, o acesso a controles regulares, monitoramento contínuo e atendimento especializado pode ser limitado por barreiras geográficas, logísticas ou socioeconômicas, especialmente em áreas com recursos escassos.

Durante anos, os controles pré-natais e neonatais basearam-se em visitas presenciais, avaliações pontuais e equipamentos médicos em centros especializados. Esses métodos são úteis, mas pouco escaláveis para populações amplas, e podem não oferecer um acompanhamento exaustivo quando surgem complicações.

O avanço das tecnologias digitais e dos sensores vestíveis oferece uma alternativa: a possibilidade de monitoramento remoto, contínuo e acessível pela internet. Neste contexto, a revisão se destaca por compilar sistematicamente as evidências existentes sobre como a IoT tem sido aplicada nos cuidados durante a gravidez, o parto e o período neonatal, identificando as tendências atuais, os dispositivos utilizados e os desafios ainda em aberto.

Os autores realizaram uma revisão sistemática seguindo critérios internacionais (metodologia PRISMA), analisando 42 estudos científicos relevantes sobre sistemas, arquiteturas, modelos e dispositivos IoT voltados para o monitoramento materno — desde parâmetros vitais da mãe e do feto até o gerenciamento de cuidados pré-natais e neonatais.

A análise evidencia que a IoT já está presente em propostas muito variadas: sensores vestíveis para monitoramento de sinais vitais, sistemas de alerta precoce, plataformas de coordenação de cuidados, dispositivos de registro remoto e até mesmo aplicativos para lembrar medicação ou controles periódicos. Isso sugere uma mudança de paradigma: de um modelo reativo de atendimento (consultas presenciais) para um modelo proativo, preventivo e contínuo, menos dependente da proximidade geográfica.

Quanto aos resultados obtidos com as evidências analisadas, destacam-se:

  • Que numerosos estudos mostram que é viável monitorar o estado de saúde materna e fetal a partir de casa ou de ambientes não hospitalares por meio da IoT, com sensibilidade suficiente para detectar fatores de risco.
  • Que o uso de dispositivos conectados facilita a coordenação dos cuidados pré-natais, acompanhamento pós-parto e controle neonatal, reduzindo a necessidade de visitas frequentes e permitindo uma gestão mais contínua.
  • Que a adoção da IoT na saúde materna está crescendo rapidamente, o que abre as portas para novos modelos de atendimento mais acessíveis, inclusivos e personalizados, especialmente benéficos para comunidades remotas ou com acesso limitado a serviços de saúde.

Essas descobertas implicam que instituições de saúde, autoridades sanitárias e órgãos dedicados à saúde materna devem considerar seriamente a integração de tecnologias IoT em seus protocolos de atendimento. A implementação de dispositivos conectados e sistemas de monitoramento remoto poderia melhorar a cobertura pré-natal e neonatal, reduzir riscos, permitir intervenções precoces e ampliar a capacidade de acompanhamento em populações vulneráveis.

Este avanço está diretamente ligado a um programa acadêmico oficial promovido pela FUNIBER: Mestrado em Gestão de Serviços de Atenção Primária à Saúde, com foco em inovação, saúde digital e bem-estar comunitário.

Se você quiser saber mais sobre este estudo, clique aqui.Para ler mais pesquisas, consulte o repositório da UNEATLANTICO.