Cátedra FUNIBER participa de congresso internacional sobre Hispanidade realizado na cidade espanhola de Santa Pola

Cátedra FUNIBER participa de congresso internacional sobre Hispanidade realizado na cidade espanhola de Santa Pola
Participantes do congresso internacional “Las Españas Olvidadas”.

A Cátedra FUNIBER de Estudos Ibero-Americanos e da Iberofonia, representada por seu diretor, Dr. F. Álvaro Durántez Prados, participou do congresso internacional organizado pela Asociación Amigos de la Hispanidad (Associação Amigos da Hispanidade, ADELAH), presidida por Alberto Abascal e pela Câmara Municipal de Santa Pola, nessa cidade levantina espanhola, sob o nome de “Las Españas Olvidadas” (“As Espanhas Esquecidas”), com a participação de numerosos especialistas de diferentes países no âmbito hispânico. 

O congresso concentrou-se nos territórios que pertenceram à Espanha nos séculos passados, especialmente as Filipinas, o Saara Ocidental e a Guiné Equatorial. Com base nessa conjuntura, houve uma aproximação eminentemente historiográfica por parte dos especialistas que participaram. Entre os especialistas estavam Octavio Ruiz-Manjón, membro da Real Academia de la Historia (Academia Real da História); María Loreto Serrano Pomares, prefeita de Santa Pola; e Luis Gorrochategui, professor e filósofo. 

Quanto à participação da FUNIBER, Dr. Durántez se centrou na Guiné Equatorial, o único país africano que tem o espanhol como língua oficial, e em sua posição em relação à articulação do Espaço Pan-Ibérico ou da Iberofonia. Depois de fazer uma revisão geral desse espaço multinacional formado por países de língua espanhola e portuguesa de todos os continentes, o diretor da Cátedra FUNIBER se referiu à contribuição específica da Guiné Equatorial para esse processo de aproximação entre essas nações, destacando que:

“Sua condição de único país africano membro pleno de organismos ibero-americanos abre caminho para que outros países irmãos africanos, de língua portuguesa, tenham a oportunidade de vincularem-se de forma substancial ao Espaço Ibero-Americano. Portanto, a Guiné Equatorial pode ser uma das chaves para a articulação do espaço multinacional Pan-ibérico ou da Iberofonia”. 

Com relação à República da Guiné Equatorial, além da intervenção do Dr. Durántez, dois especialistas do país participaram. Padre Ignacio Ondo Ndjeng Afang, diretor da Cátedra Equato-guineense de Estudos Ibero-Africanos —estabelecida conjuntamente pela FUNIBER, pela Academia Equato-guineense de Língua Espanhola (AEGLE) e pelo Centro Internacional de Pós-Graduação, Verónica Eyang—, abordou as novas contribuições da Guiné Equatorial a serviço da Hispanidade. Nesse sentido, na qualidade de membro acadêmico da AEGLE, destacou o papel dessa instituição na diplomacia cultural que define a identidade do país e ressaltou a importância das contribuições da Guiné Equatorial para o Diccionario Panhispánico (Dicionário Pan-hispânico). Essas intervenções fizeram parte da seção intitulada “Diário de Malabo”, que culminou com a participação do professor equato-guineense Epifanio Barril Bestué, que ofereceu uma análise histórica centrada no processo que culminou com a cessão dos territórios por Portugal à Espanha.

  • Dr. Durántez durante uma entrevista.
  • Da esquerda à direita: padre Ignacio Ondo Ndjeng Afang e F. Álvaro Durántez Prados.