Frigdiano Álvaro Durántez Prados, diretor de Relações Institucionais da FUNIBER e da Cátedra de Estudos Ibero-Americanos e da Iberofonia, é doutor em Ciência Política com Prêmio Extraordinário pela Universidad Complutense de Madrid e acadêmico titular da Academia de la Diplomacia, da Espanha. Ao longo de sua carreira acadêmica e profissional, desenvolveu vários trabalhos e propostas sobre a Coroa e a Monarquia da Espanha a partir de perspectivas institucionais e historiográficas. Em seu último artigo sobre esse assunto, “La Corona y la Iberofonía”(“A Coroa e a Iberofonia”), publicado no jornal espanhol ABC, o Dr. Durántez explica o papel prospectivo e prescritivo da Coroa no âmbito das relações internacionais do Reino da Espanha, particularmente nas nações de sua comunidade histórica.
Após sua participação no I Encuentro de Iberofonía (I Encuentro de Iberofonía) organizado pela Universidad Autónoma del Estado de México (Universidade Autônoma do Estado do México, UAEMéx), o Dr. F. Álvaro Durántez Prados viajou a Madri para participar do ciclo de conferências “La utilidad de la Monarquía” (“A utilidade da Monarquia”), organizado pela Fundación Villacisneros (Fundação Villacisneros).
Durante a segunda jornada do ciclo, dedicado para “A monarquia no âmbito internacional” (“A Monarquia no âmbito internacional”), o Dr. Durántez participou de um colóquio sobre o papel da Coroa na projeção internacional da Espanha. O evento também contou com a presença do Dr. Daniel Berzosa e foi moderado pelo escritor César Cervera.
Em sua apresentação, o Dr. Durántez destacou a funcionalidade simbólica da Monarquia como uma instituição suprapartidária e suprarregional, um atributo que confere uma neutralidade essencial para representar a diversidade cultural e linguística da Espanha, integrando todos os povos em uma estrutura de unidade. No âmbito internacional, a monarquia espanhola projeta uma vocação universal, fundamentada em sua história, assim como na afinidade cultural e linguística compartilhada pelos países de língua espanhola e portuguesa. Além disso, destacou a capacidade orientadora e prospectiva da Monarquia, o que a converte em uma referência institucional dentro da Comunidade Ibero-Americana de Nações. Um exemplo é o Rei Juan Carlos I, que desempenhou um papel fundamental na criação da Comunidade Ibero-Americana, que reúne os países iberofalantes das Américas e da Península Ibérica. Por sua vez, o Rei Felipe VI destacou a visão prospectiva e prescritiva da Coroa, aludindo, em várias ocasiões, à existência de uma comunidade mais ampla, um Espaço Pan-Ibérico ou da Iberofonia que inclui todos os países de língua espanhola e portuguesa, sem restrições geográficas.
Em nível institucional, a consolidação desse espaço foi fortalecida por meio de eventos recentes de grande relevância, realizados no mais alto nível oficial, como o II Encuentro de la Conferencia de Ministros de Justicia de los Países Iberoamericanos (COMJIB) y de los Países de Lengua Portuguesa (CMJPLOP) (II Encontro da Conferência de Ministros da Justiça e dos Países Ibero-Americanos (COMJIB) e dos Países de Língua Portuguesa (CMJPLOP), que ocorreu nas Ilhas Canárias e foi presidido pelo Rei Felipe VI. Deste evento, participaram os mais altos representantes das nações, incluindo os dos países africanos iberofalantes, bem como do Timor Leste, um país asiático de língua portuguesa.
Dr. Durántez concluiu destacando que a auctoritas da Monarquia lhe confere uma capacidade única de representar coesão e estabilidade, tanto nacional quanto internacionalmente, o que lhe permite superar desafios históricos com serenidade e se consolidar como uma instituição fundamental para a integração e orientação no âmbito ibero-americano.
Para aqueles que pretendem analisar profundamente o colóquio “La Monarquía en el ámbito internacional”, compartilhamos o vídeo completo desta jornada, da qual o Dr. F. Álvaro Durántez Prados participou.